segunda-feira, 28 de março de 2016

Marcia Damaceno Rocha


Uma risada marcante e uma força incrível são as principais características desta jauense, de 31  anos, a sua infância foi em Jaú – cidade do interior de São Paulo, lá a sua brincadeira favorita era pular elástico e sonhava ser professora, essa meta ela tem para o futuro.

Além de ser libriana, demonstra que não gosta de mentiras e assim admira pessoas que usam a sinceridade.

Seu casamento foi um momento muito marcante em sua vida e também o nascimento de seus filhos: João e Maria.
Não abre mão de um arroz, feijão, bife e batata-frita e se houver uma praia ou piscina pode contar com sua presença e junto com ela a sua alegria.

Responsável com suas obrigações, o dia dela parece que dura mais de 24h, pois são tantas as tarefas, trabalho, casa, filhos e ainda há tempo para a religião.

Passou por dificuldades, tinha um joelho que lhe  tirava o sono e ao partilhar a vida com ela percebemos o poder da coragem e da força, fazendo dos obstáculos da vida uma maneira de vencer. 

Por Sheyla Melo


terça-feira, 22 de março de 2016

Marília Isabel da Silva

O nome nos lembra de uma personagem de novela mexicana, mas ela ainda não é.

Pra uns Marília, para outros Isabel, com um jeito tímido de ser e um sorriso que sai como muito custo, a Marília é uma pessoa que se demora a conquistar, porém depois de acreditar em você ela torna-se uma grande companheira, de Áries, nasceu em Brasília – Gama - Distrito Federal, com 1 ano e 4 meses foi para o Piauí e dos 10 anos até hoje vive em São Paulo, veio para cá para morar com minha tia ajudando nas tarefas de casa e cuidando de seus primos. 


Lembra que pouco brincou na infância e das brincadeiras que marcaram era ciranda e aquela brincadeira que as crianças vão representando os jogo de rico e pobre embalada pela cantiga : “Eu sou rica, rica, rica de marré deci”.

Disposta a ser uma mãe dedicada ela abre espaço para ouvir os conselhos e orientações, nem sempre o retorno vem na mesma hora, mas notamos o seu empenho, como muitas na Zona Leste, a Marília é a única responsável por seu lar, aos 10 meses do nascimento de sua filha seu companheiro falece e com poucos familiares por perto, buscou forçar nela mesma para enfrentar os obstáculos e desafios da vida. 

Tem o sonho de ser atriz, lembramos que o nome de atriz ela já tem e suas metas para o futuro é conseguir uma casa, fazer uma faculdade e ser uma pessoa mais estruturada na vida. Falsidade é uma coisa que ela não gosta nas pessoas e também quando alguém humilha os outros. Admira pessoas que veem o problema do outro e os ajudam nas suas necessidades, ela relata que teve experiências de pessoas que chegavam junto nos momentos em que ela mais precisou. 

De boas lembranças ela nos fala das praias de Ubatuba e que o momento mais marcante de sua vida foi o nascimento de seus dois filhos, Lohanny e Gusttavo. A alimentação mais saborosa pra ela é um bom arroz, feijão e bife e se combinar o rango com o programa do Rodrigo Faro pode chamar a Marília que ela te fará companhia ou com o filme que achou mais legal que é O alto da Compadecida 

Uma mulher batalhadeira, que vai sempre em frente, buscando do que quer e o melhor para sua família, nos relata ter tido muitas situações em sua vida que sofreu sozinha, espero que depois da vivência do CCA ela já tenha compreendido que existem pessoas do lado dela, com quem ela sempre pode contar!

Por Sheyla Melo

segunda-feira, 21 de março de 2016

Dona Idalina

Idalina Soares Ferreira - uma artista na deliciosa arte da culinária.

Gandhi, um líder indiano, disse uma vez que as habilidades manuais mexem com autoestima das pessoas, que a produção de algo feito pelas próprias mãos eleva aqueles que as produzem, acho que ele estava certo e aqui no CCA temos um belo exemplo de uma pessoa maior do que o tamanho que vemos.

Mais conhecida como Dona Idalina, além da coisa mágica que ela faz com os ingredientes na cozinha, essa mineira de Canabrava adora costurar, profissão que aprendeu após retomar os estudos aos 25 anos, seu sonho era ser professora, mas “meu pai não deixou estudar, não podia aprender, pois iria manda bilhetes para o namorado” relata, foi assim que ela só retornou os estudos na juventude e no ano passado concluiu o Ensino Médio.

Morava no sítio, lá brincava de roda e de passa anel. De signo peixes, a comida que não abre mão é o arroz, feijão, farinha, carne e uma salada. Gostou muito de assistir os 10 mandamentos, aprendeu muito com esse filme. Mãe de 4 filhos e destes dois são gêmeos, já é avó e muitas das nossas crianças desejariam ser seus netos, outros vem nela o exemplo de pessoa que quer ser.

Pensa hoje em fazer um curso para aperfeiçoar o seu trabalho culinário, tem aquela conversa de que se fosse mais nova faria uma faculdade, mas o incentivo aqui da galera do CCA é que ela vá em frente nos seus ideais, pois não existe idade máxima para aquilo que acreditamos.

Tão incrível é a dona Idalina que ao perguntar qual lugar ela gostou mais de conhecer, ela me responde que gostou de todos e que foi muito bom vir para São Paulo, sempre disposta a um bom papo, gosta de pessoas animadas, descontraídas, de dar risadas, também daquelas que sabem explicar as coisas e que tem boa vontade nas suas ações. Pois isso mesmo não gosta quando ficam nervosas e aquelas criticam muito. “Me dói por dentro quando vejo falando mal das pessoas” Não gosta de tristeza e de ficar nervosa.

Sendo muito experiente ela sempre nos dá muitos conselhos, às vezes sai da cozinha para dar uma chamada de atenção em alguma criança. Ensina-nos a cada dia que em toda vida teremos muitos momentos de altos e baixos. A sua própria vida é um exemplo de superação e de momentos difíceis que geraram muitas aprendizagens.

Hoje nós do CCA temos a sorte de ter essa preciosidade com a gente, alegrando, colorindo e fazendo do nosso dia-a-dia uma delícia.

Por Sheyla Melo

sexta-feira, 18 de março de 2016

Quem trabalha no CCA???





Em breve teremos a história de cada uma dessas pessoas que compõem a equipe do CCA Vila Yolanda AVIB, acompanhe o nosso blog e não percam!!!!







quinta-feira, 17 de março de 2016

reCORDAR é viver!

Já que recordar é viver, em 2013 usamos a piscina do CEU Lajeado e hoje olhando as fotos, vemos o quanto nossas crianças cresceram, uns mudaram de endereço, outros são os adolescentes que continuam com a gente, quem tinha janelinha no sorriso, hoje já não tem mais, tem menina que hoje é mãe e para nós reforça a cada dia a importância dessa galera ter direito, acesso e permanecia na utilização dos espaços públicos, pois aqui no Lajeado as ausências de políticas públicas sobrecarregam os poucos espaços existentes.

Não é tão fácil o acesso como a gente gostaria, mas nesse mundo de injustiças o que é fácil para nós?! Continuemos em luta.

Amanhã estaremos na piscina, primeira vez neste ano e em festa comemoremos essa vitória!

Veja todas as fotos do dia na publicação no link abaixo:
http://ccavilayolanda.blogspot.com.br/2013/10/piscina-no-ceu-lajeado.html

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Programas de rádio - Programa Jaê

No projeto Jaê, nossas crianças e adolescentes produziram um programa de rádio com os seus olhares, reflexões e percepções sobre o bairro.

O Jaê é um projeto do Cala-boca já morreu em parceria com o Projeto Redes e Ruas, com apropriação das praças Wi-fi e uma atenciosa escuta sobre o que pensam crianças e adolescentes sobre onde vivem.




Samuel Araújo e Diego Freitas fazem uma bela explanação de como esta a situação do Jardim Bandeirantes, fazem críticas e elogios, falam do Campinho, das escolas e de outras políticas públicas da região.

 

Eduarda Vitória, Emilly Freitas,  Vitória Jovana, Evelyn Silva, Beatriz Silva, Lohanny Emilly, Wallace Pardinho, Murilo Rocha e Yasmin Aparecida foram as pessoas que tiveram voz, pois falam com propriedade sobre Guaianases, pois moram aqui desde quando nasceram.

Confira os programa produzidos nesse dia, eles estão disponíveis no link abaixo do próprio projeto Jaê:

Programas do Jaê - Guaianases

Nós do CCA agradecemos e parabenizamos a todos do projeto.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Clementina de Jesus, muito prazer!

No primeiro semestre de 2016, nós do CCA Vila Yolanda AVIB apresentaremos para as crianças e adolescentes uma pessoa incrível, dona de uma voz inconfundível e de um imenso acumulo cultural,
a Clementina de Jesus será nossa personalidade valorizada e reconhecida, por ser um símbolo da herança africana, do samba e um belo exemplo de mulher.

Clementina sempre cantou, acompanhando a mãe que era lavadeira na cidade do Rio de Janeiro, sua voz também era a trilha sonora de seus trabalhos como empregada doméstica, lavadeira e passareira. Uma pessoa como nós, que viveu boa parte da vida em trabalhos que não valorizavam seus dons, mas estes eram necessários fazer para sobreviver. Foi assim até os seus 62 anos, quando ela foi apresentada publicamente, de lá até os seus 86 anos ela cantou, como cantou, gravou mais de 120 músicas, participou de shows, recebeu convite de diversos artistas para participação de discos e marcou o tempo.

Suas músicas são memórias dos cantos das mulheres afro-brasileiras e de tempos que os livros de história não registraram.


Para conhecer essa voz incrível temos a seguir alguns vídeos e link's da rainha Quelé, como era conhecida a nossa Clementina:

Museu Afro-Brasil: História e Memória
Perfil da Unifesp: Clementina de Jesus

Vídeo da música Na hora da sede:

Letra de música Rainha Negra:
"A idade da sereia,
O baticum de pé no chão,
Chuá de cachoeira...
O mito, o rito ritimam a respiração,
Tantan e atabaque,
A gargalha do ganzá,
O canto do trabalho,
A dança, a ânsia sagrada de rememorar.

O escuro do negreiro,
O açoite pardo do feitor,
E um clarão enganador:
A liberdade sonhada ainda não chegou.

Saúdo os deuses negros,
Da serra-mar céu de Quelé,
Pro povo brasileiro,
Rainha negra da voz, mãe de todos nós...."

Será o começo do nosso semestre, para saber mais acompanhe nosso blog.
Até mais!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Jantar Afro

JANTAR AFRO
 
Historicamente o povo negro é um dos responsáveis pelo desenvolvimento do mundo, pelo seu conhecimento e habilidades:  no domínio de técnicas com metais, na agricultura, no trato com os animais, seu trabalho e também com sua cultura.

O período de escravidão foi o tempo onde cada país/colônia se desenvolveu devido ao domínio do conhecimento que o povo africano detinha e uma maneira de beneficiar-se lucramente desse acumulo era a inferiorização do povo negro, assim mais barato seria a mão de obra, foram tempos de coisificação das pessoas, de desumanização e nesses tempos a cultura resistiu bravamente, sendo através das manifestações como o maculelê, a capoeira, as rodas de jongo e nas diversas religiões africanas que o povo conseguia se humanizar.

Nesse semestre trabalhamos no CCA a memória aos quilombolas e representantes da cultura negra, pois muitos resquícios da escravidão ainda permanecem em nossa sociedade.








HOMENAGEADOS
  Além de Jackson do Pandeiro, homenageamos Ângela Davis, Martin Luther King, Mandela, Carolina Maria de Jesus, Zumbi dos Palmares e Débora Garcia, todos são representações da cultura negra e sua importância para a construção ideológica das crianças e adolescentes.
Acreditamos que resgatando o valor dessas pessoas, também resgatamos o nosso próprio valor, podemos sim escolher o que queremos em nossa vida! E isso que gostaríamos que ficassem em nossas crianças e adolescentes que elas/eles podem sim ser donas/os da própria vida e enfrentar as dificuldades em busca do que é melhor para elas/eles.



Débora Garcia   Mandela   




O CONVITE


OS PREPARATIVOS
       A construção da decoração, preparação do espaço e a organização das mesas foram feita coma colaboração dos adolescentes do CCA.






Foi feito oficina de tranças africanas:
   


 










O JANTAR





E as apresentações aconteceram na frente do CCA:









Das apresentações foi o Maculelê a apresentação mais original, essa dança é símbolo da cultura afro-brasileira.
Preservar a nossa cultura é um trabalho educativo muito importante para a construção de outra sociedade, com pessoas que lutam contra a discriminação e o preconceito, também para o respeito e valorização de nossa própria história!


E nesse mesmo dia foi feito a publicação do Fanzine do CCA – um livro de poesias feito pelas crianças e adolescentes

 


Foi um incrível e belo dia e o Jantar Afro só foi possível acontecer devido o empenho e participação das pessoas:

EQUIPE CCA:

Aline Moreno Santos da Silva
Idalina Ferreira Soares
Ivanilton da Silva Oliveira
Kátia Alves da Conceição Sales
Marcia Damaceno Rocha
Marília Isabel da Silva
Sheyla Maria Alves de Melo




VOLUNTÁRIOS:
Alzenir Guilherme da Silva
Angélica Cristina Conceição Felix dos Santo
Clayton Pedro
Marli Eliza Ribeiro dos Santos
Ronaldo Domingos


OFICINEIRO
Bruno Vinicius dos Santos Manoel - Oficina de poesia, produção do livro e na decoração de fotografia

ADMINISTRATIVO AVIB:
Jeane Mabel - impressão dos livros.




Informação gerais:
CCA Vila Yolanda
Rua Gaspar Dias de Athaíde, 11A
Tel 2153-9605
Fax cca.vilaiolanda@hotmail.com
http:/ccavilayolanda.blogspot.com.br

Para visualizar todas as fotos do evento entre no link a seguir: JANTAR CCA